quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Yu-gi-oh!


A maioria das pessoas que assistiu o famoso Anime Yu-Gi-Oh!, só puderam ver depois que o mesmo passou pelas mãos da 4Kids(empresa americana responsável pela tradução do desenho e dos Cards). O que foi visto foi, quase que completamente, modificado.A cultura japonesa fala muito de religiosidade, misticismo... e isso é mostrado sempre nos Animes como uma coisa normal, nada de muito assustador pra eles. Essa é uma grande diferença entre os Animes e os Cartoons. Já nos estados Unidos, os adolescentes não se interessam muito por desenhos animados, tendo seu maior público voltado as crianças.Mas como mostrar um Anime onde se fala em morte, bruxaria, magia negra, onde tem violência, sangue para um país como EUA? O negócio é mudar tudo isso e deixar apropriado a elas. Assim o Anime foi infantilizado, tendo muitas cenas modificadas e cortadas, falas alteradas...
Abaixo segue um artigo que retirei de um fórum, não sei se ele ainda existe.
Obs.: O artigo informa certos links pra alguns vídeos, porém eu não tenho nenhum deles e também não sei se ainda estão ativos na Internet.Mas é fácil encontrar os episódios originais completos.
OBS: Eu resolvi fazer uma supermatéria para vocês compreenderem melhor o verdadeiro Yu-gi-oh! que foi totalmente destruído pela 4KIDS da Wanner Brothers. Se você é fã do anime, mas está impaciente, dê uma lida nas partes censuradas abaixo (com o título “DIALOGOS ALTERADOS, ABERT...”) e na “CONCLUSÃO” e “CONCLUSÃO GERAL” no final da matéria. Agora para aqueles que não vão com a cara do anime, pelo menos dê uma lida no ultimo título “CONCLUSÃO GERAL” logo no final, pois é muito importante para todos nós Otakus. Agradeço a paciência de vocês.
Há quase 1 ano atrás Yu-gi-oh! Era anunciado na TV paga e logo chegei a pensar “Oh não, mais um clone horrendo de pokemon!”. Eu na maior falta do que fazer, resolvi dar uma olhadinha no anime no seu dia de estréia, convencido de que era o mais recente grande sucesso no Japão. Havia começado, o anime era muito bem feito, ficou interessante... Chegou até o final e não conseguia fechar mais a minha boca, o anime era bom demais! Mas por ser da versão americana os cortes e os furos forçados no roteiro eram bem visíveis ( eu que sou Otaku desde a época do CDZ, conheço muito bem essas coisas). Porcausa disso, resolvi ficar muito tempo pesquisando pela internet para descobrir o verdadeiro Yu-gi-oh! , e agora posso lhes apresentar todas as verdades sobre esse anime, que esta longe de ser visto por aqui... Antes de apresentar esta supermatéria, queria lhes dizer que essa matéria pouco tem a ver com as que vocês lêem em famosas revistas por aí. Porque lá não existem redatores e sim um bando de amadores que só faz apenas um resuminho rápido do que viu na versão americana da TV (muito falsa, logo abaixo irei lhes mostrar o escândalo). Qualquer um daqui é capaz de fazer uma matéria melhor do que eles! Fiquei quase um ano elaborando essa matéria com maior cuidado para vocês e apesar de estar muito grande eu agradeço a paciência de todos. (desculpe a postagem confusa das figuras, tive dificuldades para posta-los)
INTRODUÇÃO
Yugi tem 16 anos (isso mesmo!), era um nerd sem amigos do 2° ano do 2º grau da escola japonesa Domino High School. Apirralhado e fracote , vivia matando aulas de educação física, era zombado por todos e ainda servia de saco de pancada para os arruaceiros da escola, enfim um pobre coitado! Seu principal passa tempo era jogos, principalmente o enigma do milênio dado pelo seu avô há 8 anos atrás, onde ninguém jamais conseguiu resolve-lo. Ao colocar a ultima peça restante, o item liberou uma grande carga de poderes, penetrando-o. Dizia as lendas àquele que conseguisse resolver o enigma, libertaria um grande poder das trevas para dentro de si. Ninguém nada menos que uma grande alma maligna, que haveria de jogar nosso amiguinho para encarar desde perigosos bandidos à fúria dos Deuses Egípcios! E outro personagem que se destaca bastante é o deliquente juvenil chamado Jounouchi (Joe). Jounouchi não é um cara lá muito chegado a pensar, o negocio dele é resolver os problemas no braço! Sua personalidade é instável, sujeita a chuvas e trovoadas no decorrer do período! E não pense que Jounouchi é uma daqueles bons meninos de ouro, com pobleminha familiar mixuruca! Só procê ter uma idéia até onde vai a coisa o pai dele gosta mesmo é de uma manguaça! O veio é bebum mesmo, pau-d’água, cachaceiro e não dá a mínima pro filhote! Taí um motivo de verdade pra ser revoltado! (isso não aparece na versão americana, veja mais a seguir!). Mas tarde durante a série, a energia que move os personagens que nem os Cosmos Zodiacais é o “Ka” ( vide “CULTURA” abaixo). Contando com a ajuda de sua alma maligna aprisionada e mais 3 muleques revoltados, Yu-gi-oh! é uma chuva de gente má, safada, que rouba esmola de ceguinho!
HISTÓRICO
Criado por Kazuki Takahashi, YGO (Yu-gi-oh! como vou chamar mais adiante) surgiu primeiramente no manga em 1996 na revista semanal Shonen Jump ( a revista para público adolescente de maior sucesso no Japão que já publicou grandes sucessos entre eles Yu-Yu Hakusho, Saint Seiya, Rurouni Kenshin e muitos outros). A história já rendeu manga pra caramba, 32 volumes, cada um com 200 páginas e até hoje vem sendo publicado por lá! São histórias com muita ação, um enredo cheio de tramas e reviravoltas e que chega até inserir mitologia egípcia na sua trama, enfim uma verdadeira Saga. Para a surpresa de muitos o mangá do YGO começou sem o seu famoso RPG card-game, e ficou muito tempo assim até o volume 8, ou seja, 1600 páginas! Acontece que Yugi surgiu como uma espécie de herói diferente, que tinha 2 almas (uma idéia bem interessante que mais tarde inspirou outros mangás legais e conhecidos como o “Hikaru-No-Go” em 1998). Toda vez que ele se metia em confusão, a alma do faraó aprisionado nele era “ativado” para enfrentar o seu inimigo com...jogos? Isso mesmo, Yami, antigo faraó rei dos jogos, provocava seus adversários a disputar jogos de acordo com a personalidade do malfeitor, ou seja, se o cara fosse um bandido marginal seriam jogos ilegais de cassino e do submundo, às vezes chegava até envolver alcoolismo! Já com adversários mais jovens eram jogos mais infantis e porai vai. Caindo nessa isca, os adversários convenciam em aceitar os seus jogos. Aqueles que partiriam para EDITADOda encima do Yami, recusado aceitar a sua derrota ou desistir no meio do jogo, receberia pelo próprio Yami uma magia chamada “punição das Trevas” dentro de sua mente, ficando sob loucura por dias! Já o card-game foi introduzido pela primeira vez no volume 3 quando o Avô do Yugi, ex-arqueólogo aposentado, depois de uma viagem aos EUA trouxe de lá o card-game chamado “Magic & Wizards” para a sua loja de jogos no Japão. O jogo era uma versão genérica do famoso “Magic the Gathering”, mas ele ficou no 2º plano por muito tempo (Yugi apenas jogava algumas vezes), visto a intenção do mangá de focar na diversidade dos jogos. O card-game tornou-se tão popular que o autor não agüentou mais receber dos leitores pedidos para dar mais atenção nesse jogo e a partir do vol.8 começa toda aquela história do anime da TV, ou seja, o autor decidiu a partir de então trabalhar somente no card-game. Foi um golpe de mestre que fez ganhar muito mais popularidade no seu mangá além de se tornar uma franquia de peso para varias empresas apostarem suas fichas nele...
O ANIME
Antes do anime que nos conhecemos já havia surgido “Yu-gi-oh! Game of the Darkness” em 1998, animado pela decadente TOEI (hoje recuperada da crise), cuja missão era dar “vida” aos primeiros volumes do mangá, mas terminou prematuro com apenas 28 capítulos. Com um roteiro muito mal adaptado em relação ao manga, personagens baixinhos (coisa bem de TOEI na época) e uma animação de baixa qualidade, resultou num fracasso total depois de BT`X em 1996( obra de Masami Kurumada (Saint Seiya), outra grande aposta da TOEI que também fracassou). Mas o desastre não queimou o filme do manga que ainda continuou firme fazendo bastante sucesso junto com o seu card-game, até que apareceu nada menos que a Konami fazer outra grande aposta do nosso conhecido anime que fez o seu debut em abril de 2000...
E O NOVO ANIME COMO FICOU?
Ficou muito bem feito, a animadora N.A.S. que nos trouxe Evangelion caprichou muito bem aqui, ainda mais financiado pela Konami. Uma animação rica em detalhes, muitos efeitos especiais e uma taxa de quadros altíssimo para uma série de TV, ainda mais para uma série que já conta com mais de 150 episódios atualmente! O enquadramento aqui também é de dar prêmio: é cheio daqueles closes maneiros nos rostos dos personagens para realçar as suas emoções e o freqüente uso de perspectiva para dar mais ação e dramaticidade nas cenas (técnicas caras, usadas em poucos animes como o Rurounin Kenshin, Silent Mobius e Cowboy Bebop). E mais o novo caracter design, bem mais realista que no mangá e com modelos grandes e cheios de traços, dando mais “poder” aos personagens. Tudo isso foi o suficiente para elevar a série do fundo do poço a arrumar um lugar ao sol! A Konami esperta lançou quase ao mesmo tempo o card-game da série que há anos só era visto nas páginas do mangá, e foi um verdadeiro fenômeno, permanecendo até hoje o card-game mais popular do Japão. A partir daí surgiram varias outras mercadorias como jogos para gameboy, playstations, tranqueiras... Foi um sucesso total! Mas tem algo que realmente não agradou nessa nova versão do YGO. Para evitar problemas de direitos autorais, a Konami decidiu trocar o nome do card-game “Magic & Wizards” do mangá para Duel Monster ( Magic já tem dono!), tanto no anime como em seu card-game. O novo nome é um tanto besta, que nos faz lembrar daquelas pragas que queremos tanto esquecer... Muito mal escolhido, que fez todo mundo aqui no ocidente ,inclusive eu , ignorar o anime como mais um daqueles milhões de clones de pokemon, se nem mesmo sabíamos o seu conteúdo! Mas felizmente nada mudou no mangá que permaneceu com o nome “Magic&Wizards”(“M&W” como vou chamá-lo mais adiante) no seu card-game, visto que as decisões do autor eram independentes da Konami. Como a nova série não era continuação da fracassada série da TOEI, o grande desafio da Konami era começar a história a partir do Vol.8 do mangá , devido o medo de repetir o fracasso da série de 98 que chegou perto desse volume e, claro, o interesse pelo card-game que começou a ser bem aplicado a partir daí. Então se decidiu resumir, no meio do roteiro, apenas os elementos chave dos volumes anteriores como os históricos dos personagens, eventos marcantes, etc. O resultado se saiu muito bem, a Konami com mérito conseguiu elaborar um novo roteiro que desse ao público a essência de toda a série desde o seu 1º volume, e olha que resumir 1600 páginas é tarefa pra poucos! Mas o anime também tem os seus pontos negativos. Como todo grande sucesso, assim como aconteceu no anime Rurounin Kenshin, a Konami , que patrocina e dirige o anime, algumas vezes acrescenta uma mini-série com alguns episódios entre o desfecho de uma saga com a outra a começar (os famosos episódios tapa-buraco), inexistentes no roteiro do manga. Justamente para alongar o sucesso da série até o seu ultimo capítulo, com medo do autor a qualquer momento terminar a sua obra, já que o seu trabalho é independente como citei antes . Mais o menos assim: no momento que o autor terminar o manga, no anime ainda falta 20 capítulos até chegar na parte final do manga devido ao “atraso” desses capítulos. No começo eles tinham um roteiro fraco e eram geralmente mal desenhados como a chatíssimos episódios do “The Big 5's Trap, Duel Monsters Quest” (“Digital Duel Monster” na versão americana, nos eps. 41 à 43) e o “The Girl from America” ( “The watch of Rebeca” por aqui ,nos eps. 39 e 40). Agora após o final da saga “Alcatraz Duel Tower” eles apresentaram uma trama decente que até insere mitologia grega e elementos de religião satânica! Atualmente eles estão sendo exibidos somente no Japão, se preparando para receber a provável ultima saga da série que por enquanto só está no mangá, “Pharaonic Arc”. Mais a seguir irei lhes indicar os melhores links para você acompanhar as aventuras de Yugi e sua turma tanto no mangá quanto na TV do Japão. Não estou querendo ser nenhum “desmancha-prazer”, mas como os americanos destruíram completamente a história e as cenas do anime que passa poraqui, não há absolutamente nenhum problema de você saber o que aconteceu e o que está acontecendo por lá, e você ainda estará aprendendo mais do que assistindo a versão falsa do anime dos EUA, mesmo vendo simples figuras e textos!
O MANGÁ
Tecnicamente falando o mangá do YGO é bastante bem feito. Os traços de Takahashi são muito bom, bem firme e preciso, que insere bastante traços e detalhes nos personagens e no cenário, fazendo uma arte-final muito bem acabada. O que decepciona aqui é o caracter design, pouco realista para uma série que leva o roteiro de seu tipo, notável nos personagens masculinos onde ele tem a mania de desenhar pernas afinadas neles. E apesar da série se basear no mundo real, ter personagens do Japão enfrentando os dos EUA e tal, o autor por gosto duvidoso resolveu homenagear a sua cidade natal Tókio por um nome de um dos seus jogos favoritos. E eis o nome: Domino City. Nome bem a cara da cidade japonesa... Mas esses defeitos não comprometem o belo espetáculo das cenas de ação que são de cair o queixo e o ótimo roteiro que a série leva.
DIÁLOGOS ALTERADOS, ABERTURA CORTADA, ZILHÕES DE CORTES, ROTEIRO MEXIDO!
Não satisfeito por ser um anime voltado para o público adolescente, os americanos resolveram meter o dedo porco encima do roteiro. Nos otakus vivemos criticando a Globo pelos cortes que ela faz nos seus animes considerado por ela infantis, mas nunca iríamos acreditar que existiria coisas bem pior que isso (e bota pior nisso!)! Os caras são xiita mesmo! Puritanos fanáticos! A distribuidora 4KIDS Entertament (subsidiária da Wanner Brothers, que trouxe o malfadado Pokemon no ocidente) por puro preconceito e interesses comerciais voltado ao seu público( o próprio nome dela diz, “for kids”, dah!), literalmente esquartejou o anime da maneira mais sanguinária e brutal! Justamente para seguir o padrão deles de que anime é coisa de criança. Dêem só uma olhada em algumas das milhões de cenas politicamente incorretas (pra eles) que jamais serão visto na versão americana que passa poraqui: Não se esqueça:
VA- Versão Americana
VJ- Versão Japonesa
-Veja os nominhos que os caras colocaram:
Jounouchi Katsuya- Joe Wheller
Anzu Mazaki- Tea Gardner
Honda Hiroto- Tristan Taylor
Mai kujaku- Mai Valentine
Shizuka Katsuya- Serenity Wheller
Pegasus J. Grawford- Maximilian Pegasus
Cynthia - Cecelia Pegasus
Keith Howard- Bandit Keith (se pronuncia “quêiti” e não “quíti” como no erro da dubragem) Sugoroku Mutou- vovô ou Salomon Mutou
Insector Haga- Weevil Wonderwood
Dinosaur Ryusaki- Rex Raptor
Otogi Ryuji- Duke Devlin
Ryuta Kajaki- Mako Tsunami
Player Killer- Panic
Pandora- Arkana Isis
Ishtar- Isisu Malik Ishtar- Maric
Logo abaixo irei usar o nome dos personagens da versão original, porque chamar um japonês de DÂQUI DEVILIN é pura ofensa contra eles!
- VA- No primeiro capítulo nós vimos a cena onde os capangas do Kaiba vieram seqüestrar o avô do Yugi e mais tarde Yugi com seus amigos vieram resgata-lo, muito fraco mas sem nenhuma explicação. Depois Anzu e Honda ajudaram a levar ele para o hospital e então Yugi resolve enfrentar o Kaiba.
VJ- Os capangas vieram seqüestrar Sugoroku,mas não só isso como também resolveram dar EDITADOda nele, forçando ele a duelar contra o Kaiba. Bem o resto vocês já sabem...
VA- No episódio 12, Mai guiou Anzu para tomar banho no chuveiro por perto. Depois da Anzu entrar pro banho, Mai resolve ficar perto do chuveiro conversando com Jounouchi frases bobinhas (no original japonês ela na verdade fez ameaças a aqueles que ousarem bisbilhotar Anzu no banho). Anzu de repente ouviu um barulho por perto e ela critou assustada. Mai alertada resolveu dar uma olhada por volta dizendo que não tinha nada e “do nada” (veja o que era esse “do nada” abaixo) aparece a cena da turma toda comendo a janta. VJ- Mai sugere a Anzu para tomar banho no seu chuveiro portátil e ela concorda. Mai próxima ao chuveiro fica vigiando fora para prevenir alguém de espiar Anzu no banho. Naquele momento um luxuoso transatlântico veio ao redor da baia por perto. Anzu então pergunta para Mai porque ela resolveu participar no Reino dos Duelistas. Mai disse para a Anzu que ela costumava a trabalhar num luxuoso transatlântico, exercendo a profissão de “Casino Hostess” ( não conheço uma tradução literal para esse termo, veja as imagens abaixo para você ter uma idéia). Ela costumava ver vários tipos de pessoas ricas e que não ia muito com a cara deles. Mai perguntou porque Anzu anda sempre com Yugi e os outros, e a Anzu respondeu “Porque nos somos amigos”. De repente um zunido do outro lado do chuveiro assustou Anzu, e Mai foi checar e não viu nada. Enquanto Jounouchi e Honda estavam prontos para espiar a Anzu no banho ( o Yugi tentou os impedir, mas ele era fraco demais para impedir a ação dos safados), Mai apareceu por traz e deu EDITADOda nos dois pervertidos, deixando assim a Anzu tomar seu banho em paz.